Bitcoin é 'arma financeira chinesa' que ameaça o dólar norte-americano, diz cofundador do PayPal

© REUTERS / Dado RuvicRepresentação da moeda virtual bitcoin (foto do arquivo)
Representação da moeda virtual bitcoin (foto do arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 08.04.2021
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Durante evento virtual, investidor alemão, que é um grande investidor em empreendimentos de moedas virtuais, disse que acredita que a mais famosa criptomoeda do mundo pode estar minando os EUA.

O governo chinês pode estar apoiando o bitcoin, a criptomoeda mais importante do mundo, como uma forma de minar a política externa e monetária dos EUA, afirmou o bilionário alemão Peter Thiel, cofundador do serviço de pagamentos on-line PayPal.

"Mesmo sendo uma pessoa pró-criptografia e pró-bitcoin maximalista, eu me pergunto se, neste ponto, o bitcoin também deve ser considerado em parte como uma arma financeira chinesa contra os EUA", disse o cofundador do PayPal, Peter Thiel.

Thiel, que é um grande investidor em empreendimentos de moedas virtuais, bem como nas próprias criptomoedas, defende que os EUA deveriam considerar regulamentações mais rígidas sobre criptomoedas. O bilionário também disse que a China tentou denominar os negócios do petróleo em euros nos últimos anos, em uma tentativa de minar a posição global do dólar norte-americano.

"Isso ameaça o dinheiro fiduciário, mas ameaça especialmente o dólar norte-americano [...]. Acho que o euro, você pode imaginar como parte de uma arma chinesa contra o dólar, a última década não funcionou realmente assim, mas a China gostaria de ver duas moedas de reserva, como o euro", disse Thiel durante evento virtual realizado para membros da Fundação Richard Nixon.

O investidor de risco especulou que Pequim não quer realmente que o yuan chinês se torne a moeda de reserva global, alegando que o governo teria que "abrir suas contas de capital", entre outras medidas "que eles realmente não querem fazer".

"A China quer fazer coisas para enfraquecer [o dólar], a aposta longa da China é o bitcoin e, talvez, de uma perspectiva geopolítica, os EUA deveriam estar fazendo algumas perguntas mais difíceis sobre exatamente como isso funciona", concluiu Thiel.

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