Segundo o porta-voz, a China também solicitou que os norte-americanos deixem de impedir a criação de um mecanismo internacional de investigação no âmbito da Convenção sobre as Armas Biológicas.
"Prestamos atenção ao fato de a Rússia manifestar preocupação com o desenvolvimento das atividades de militarização biológica dos Estados Unidos tanto no território de seu próprio país, especialmente na base de Fort Detrick, como no território de outros países. A exemplo da Ucrânia, citado pelo lado russo, segundo dados abertos, apenas em território ucraniano, Washington instalou 16 laboratórios", disse o diplomata em entrevista coletiva.
Na última quarta-feira (7), o chefe do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, informou que Moscou considera que os Estados Unidos estão desenvolvendo armas biológicas em seus laboratórios próximos às fronteiras da Rússia e da China.
Zhao Lijian questionou ainda a necessidade de os EUA "encherem o mundo com seus laboratórios" e afirmou que o país norte-americano pode estar envolvido em atividades secretas, razão pela qual se opõe à criação de um mecanismo de investigação no âmbito da convenção.
"Que atividades os militares dos Estados Unidos estão realizando nesses laboratórios e na base de Fort Detrick? Por que só os Estados Unidos se opõem à criação de um mecanismo de investigação sob a Convenção sobre as Armas Biológicas? Há lugares nesses laboratórios onde [...] não se quer permitir a presença de pesquisadores internacionais?", indagou.
O diplomata, mais uma vez, instou os Estados Unidos a adotar uma postura responsável, levando em consideração as preocupações da comunidade internacional.