Caracas já enviou cartas às sedes do Facebook nos EUA e México protestando contra o veto ao acesso à sua conta na plataforma, mas "ninguém abre as portas, ninguém responde", informou na quarta-feira (7) Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, transmitido na emissora Venezolana de Televisión.
Maduro referiu, em um discurso do canal estatal, que foi transmitido ao vivo a partir da conta no Facebook de Cilia Flores, sua esposa e congressista venezuelana, que seu perfil foi censurado "sem aviso e sem protesto" por divulgar informações sobre um antiviral criado e certificado em seu país, chamado Carvativir, que serve como um medicamento "profilático e terapêutico" contra a COVID-19.
"Eles não responderam em mais de 15 dias às cartas que enviamos. Essa é a democracia em que o Facebook e as multinacionais do mundo acreditam, que querem impor uma nova hegemonia", disse o chefe de Estado.
Freddy Ñáñez, ministro da Comunicação da Venezuela, se juntou à crítica.
Esto constituye no sólo actos de censura, propios de una nueva dictadura mediática, sino que evidencia a su vez una extensión del bloqueo y boicot que el imperio norteamericano aplica de manera ilegal contra nuestro pueblo... pic.twitter.com/eeHi9JlsNT
— Freddy Ñáñez (@luchaalmada) March 28, 2021
Isto constitui não apenas atos de censura, típicos de uma nova ditadura da mídia, mas também evidência de uma extensão do bloqueio e boicote que o império dos EUA aplica ilegalmente contra nosso povo...
Em 27 de março, o Facebook bloqueou o acesso à conta do presidente da Venezuela por 30 dias por suas afirmações, dizendo que elas carecem de provas científicas, e eliminou o vídeo em questão.
A empresa retirou o vídeo por violar suas políticas "contra a desinformação sobre COVID-19, que provavelmente colocaria as pessoas em risco de serem prejudicadas".
Por sua vez, Maduro respondeu que o incidente é um caso de violação da liberdade de expressão e opinião.