'Ninguém responde': Maduro se irrita com descaso do Facebook a apelos por bloqueio de sua conta

© REUTERS / Palácio MirafloresNicolás Maduro, presidente da Venezuela, gesticula durante discurso em Caracas, Venezuela, 28 de março de 2021
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, gesticula durante discurso em Caracas, Venezuela, 28 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 08.04.2021
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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, disse ter enviado cartas ao Facebook por ter acesso censurado "sem aviso e sem protesto" à sua conta na plataforma, mas sem sucesso.

Caracas já enviou cartas às sedes do Facebook nos EUA e México protestando contra o veto ao acesso à sua conta na plataforma, mas "ninguém abre as portas, ninguém responde", informou na quarta-feira (7) Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, transmitido na emissora Venezolana de Televisión.

Maduro referiu, em um discurso do canal estatal, que foi transmitido ao vivo a partir da conta no Facebook de Cilia Flores, sua esposa e congressista venezuelana, que seu perfil foi censurado "sem aviso e sem protesto" por divulgar informações sobre um antiviral criado e certificado em seu país, chamado Carvativir, que serve como um medicamento "profilático e terapêutico" contra a COVID-19.

"Eles não responderam em mais de 15 dias às cartas que enviamos. Essa é a democracia em que o Facebook e as multinacionais do mundo acreditam, que querem impor uma nova hegemonia", disse o chefe de Estado.

Freddy Ñáñez, ministro da Comunicação da Venezuela, se juntou à crítica.

Isto constitui não apenas atos de censura, típicos de uma nova ditadura da mídia, mas também evidência de uma extensão do bloqueio e boicote que o império dos EUA aplica ilegalmente contra nosso povo...

Em 27 de março, o Facebook bloqueou o acesso à conta do presidente da Venezuela por 30 dias por suas afirmações, dizendo que elas carecem de provas científicas, e eliminou o vídeo em questão.

A empresa retirou o vídeo por violar suas políticas "contra a desinformação sobre COVID-19, que provavelmente colocaria as pessoas em risco de serem prejudicadas".

Por sua vez, Maduro respondeu que o incidente é um caso de violação da liberdade de expressão e opinião.

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