Nesta sexta-feira (9), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, em coletiva de imprensa regular, se pronunciou sobre a ação norte-americana de inserir sete empresas chinesas de tecnologia na lista negra por supostos "esforços desestabilizadores de modernização militar", declarando que "tomará as medidas necessárias para garantir os direitos das empresas chinesas", segundo comunicado de imprensa.
"A contenção e a repressão dos EUA não serão capazes de impedir nosso progresso científico, apenas tornarão nosso país mais determinado em promover a inovação independente. Quanto às medidas dos EUA, a China tomará as contramedidas necessárias para assegurar de forma resoluta os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas", disse o porta-voz no comunicado.
Na quinta-feira (8), o Departamento do Comércio dos EUA listou sete companhias chinesas de computação por conduzirem supostas "atividades que são contrárias à segurança nacional ou aos interesses da política externa dos EUA".
As empresas listadas são: Tianjin Phytium Informação de Tecnologia, Shanghai Alta Performance de Design Integrado, Sunway Microeletrônicos, Centro Nacional de Supercomputação Jinan, Centro Nacional de Supercomputação Shenzhen, Centro Nacional de Supercomputação Wuxi e Centro Nacional de Supercomputação Zhengzhou.
O departamento ainda acrescentou que "essas entidades estão envolvidas na construção de supercomputadores usados pelos atores militares da China, [e para] seus esforços desestabilizadores de modernização militar e/ou programas de armas de destruição em massa [ADM, na sigla em inglês]".
Em março, os EUA disseram que a China era "o único [país] competidor potencialmente capaz de combinar seu poder econômico, diplomático, militar e tecnológico para estabelecer um desafio sustentado a um sistema estável e internacional", e que Washington se comprometeria a impedir que Pequim se tornasse a principal potência mundial.