De acordo com agência, o orçamento será US$ 7 bilhões menor (cerca de R$ 39 bilhões) em comparação com planos da administração anterior, o que contradiz a estratégia de defesa nacional dos EUA, segundo a qual as despesas militares devem crescer 3-5% anualmente.
Nesta sexta-feira (9), a Casa Branca deve divulgar os parâmetros principais do orçamento dos Estados Unidos para 2022, com o ano fiscal começando a partir de 1º de outubro. De acordo com palavras dos interlocutores da Bloomberg, o limite superior das despesas de defesa constitui US$ 715 bilhões (R$ 3.981 bilhões).
A administração anterior planejava, no caso da vitória de Donald Trump nas eleições de 2020, alocar ao Pentágono US$ 722 bilhões (R$ 4.020 bilhões). Assim, a redução constitui cerca 0,4% em termos reais, mas, ajustada à inflação, a proposta de Biden pode diminuir até US$ 704 bilhões (R$ 3.919 bilhões).
Os planos do governo norte-americano para redução de despesas militares estão em contradição com a estratégia de defesa nacional dos EUA, aprovada pelo Pentágono em 2017 e apoiada pelos republicanos no Congresso em 2018. Esta prevê um crescimento anual do orçamento defensivo em 3-5%.
A posição da Casa Branca, segundo as fontes da Bloomberg, representa um compromisso com os congressistas do Partido Democrático, que insistem na redução dos gastos militares. A fim de se chegar a acordo, parte dos recursos financeiros será dirigida a projetos ecológicos administrados pelo Pentágono. Além disso, pela primeira vez na última década, o orçamento americano não prevê limitações rígidas nas despesas militares e não militares, o que permitirá aos legisladores redistribuir os fundos.
Durante a presidência de Trump, as despesas militares dos EUA cresceram gradualmente de US$ 716 bilhões (R$ 3.986 bilhões) no ano financeiro de 2019 para US$ 738 bilhões (R$ 4.109 bilhões) em 2020 e US$ 740 bilhões (R$ 4.120 bilhões) em 2021.