Em conversa com seus apoiadores na manhã desta sexta-feira (9), o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou que falta "coragem" e sobra "militância política" ao ministro Barroso, ao comentar a decisão do magistrado de determinar, de maneira monocrática, a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal sobre a atuação do governo federal na pandemia de COVID-19.
Segundo Bolsonaro, a CPI da pandemia seria uma "jogadinha" política de Barroso com a bancada de esquerda do Senado https://t.co/BkNDbps5vG
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 9, 2021
Na nota publicada no início desta tarde, o Supremo Tribunal Federal rebateu o presidente ao assinalar que "os ministros que compõem a Corte tomam decisões conforme a Constituição e as leis, e que, dentro do Estado Democrático de Direito, questionamentos a elas devem ser feitos nas vias recursais próprias, contribuindo para que o espírito republicano prevaleça em nosso país".
Ontem (8), o ministro Luís Roberto Barroso concedeu uma decisão liminar determinando a instalação da CPI com base em um mandado de segurança apresentado pelos senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
Pouco tempo depois, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reafirmou que não era favorável à instalação da comissão, mas que cumpriria a decisão porque tem "responsabilidade institucional e cívica".
O presidente @rpsenador disse que cumprirá decisão do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, sobre instalação da CPI para investigar atuação do governo na pandemia. CPI poderá desempenhar função de "palanque político absolutamente inapropriado para esse momento da nação", disse. pic.twitter.com/RxorixcaG9
— TV Senado (@tvsenado) April 8, 2021
Agora, a decisão de Barroso será apreciada pelos demais ministros no plenário do STF em 16 de abril, de forma virtual.