O presidente da República Islâmica, Hassan Rouhani, inaugurou oficialmente as cascatas de 164 centrífugas IR-6 e de 30 IR-5 no centro de enriquecimento de urânio de Natanz.
Na verdade, Teerã já teria informado a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre seus planos de aumento do enriquecimento de urânio, mesmo face às restrições impostas pelo Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) de 2015.
Rouhani, no entanto, voltou a afirmar que o programa nuclear iraniano é direcionado somente para "objetivos pacíficos e civis", escreve o The Times of Israel.
Tal acontecimento se segue à reunião dos membros do JCPOA em Viena, na qual discutiram a possibilidade de o Irã e os EUA retornarem ao acordo nuclear.
Ambos os lados, apesar de interessados em voltarem ao acordo, apresentam condições específicas e firmes. Enquanto Washington requer que a nação persa apresente "limites permanentes e verificáveis" em seu programa nuclear, Teerã, por sua vez, mantém que os EUA devem levantar todas as sanções impostas ao país antes que possam decorrer conversações.
A presença destas centrífugas, contudo, pode ser entendida como uma das várias consequências da escalada de tensões entre EUA e Irã desde 2018, quando Washington, sob presidência de Donald Trump, se retirou unilateralmente do acordo e aplicou severas sanções a Teerã.
Até agora, são os membros europeus do JCPOA que têm tentado trazer os dois lados à mesa de negociações, se bem que o futuro das mesmas – e sua própria existência – ainda é incerto.