De acordo com o porta-voz, as causas do incidente estão sendo investigadas. Ele indicou que ninguém ficou ferido nem houve contaminação ambiental no local.
O incidente ocorreu horas depois de o Irã acionar as novas centrífugas em Natanz. Ao todo, foram acionadas 164 máquinas do modelo IR-6 e 30 do modelo IR-5.
Além disso, foram iniciados os testes mecânicos das centrífugas IR-9. O Irã tinha recentemente anunciado importantes êxitos e avanços na sua indústria atômica.
Neste sábado (10), a televisão estatal iraniana reportou que Teerã pôs em funcionamento as novas centrífugas de enriquecimento de urânio.
A informação se segue à reunião dos membros do JCPOA em Viena, Áustria, na qual foi discutida a possibilidade de os EUA retornarem ao acordo nuclear.
A reunião presencial sobre o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) ocorrerá no dia 6 de abril entre diretores políticos em Vienahttps://t.co/iUr42gxhok
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 5, 2021
As negociações em Viena entre o grupo de países P5+1 que assinaram o JCPOA em 2015 (China, França, Rússia, Reino Unido, EUA e Alemanha) começaram nesta terça-feira (6).
Donald Trump, ex-presidente dos EUA (2017-2021), retirou unilateralmente os EUA do acordo em 2018 e impôs duras sanções econômicas a Teerã, alegando que a República Islâmica havia violado o acordo, algo que o Irã nega.
Por sua vez, o país persa começou a abandonar gradualmente seus compromissos com o JCPOA em 2019. No entanto, a nova administração norte-americana do presidente Joe Biden tem sinalizado maior abertura e desejo de um compromisso político com o Irã.
Ambos os lados, apesar de interessados em voltar ao acordo, apresentam condições específicas para o fazer. Enquanto Washington requer que o Irã apresente "limites permanentes e verificáveis" em seu programa nuclear, Teerã, por sua vez, mantém que os EUA devem suspender todas as sanções impostas ao país antes de quaisquer acordos.
O acionamento destas centrífugas, contudo, pode ser entendido como uma das várias consequências da escalada de tensões entre EUA e Irã desde 2018, quando Washington se retirou unilateralmente do acordo e aplicou severas sanções a Teerã.