Após encontro com o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, o ministro israelense afirmou que pretende se aliar a Washington para evitar que um novo acordo nuclear com o Irã dispare uma corrida armamentista. Atualmente os EUA tentam negociar com o Irã novos termos para o retorno ao Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA), abandonado de forma unilateral pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump.
"A Teerã de hoje representa uma ameaça estratégica à segurança internacional, a todo o Oriente Médio e ao Estado de Israel. E trabalharemos em estreita colaboração com nossos aliados norte-americanos para garantir que qualquer novo acordo com o Irã garanta o interesse vital do mundo, dos Estados Unidos; evite uma corrida armamentista perigosa em nossa região; e proteja o Estado de Israel", disse Gantz durante uma declaração conjunta com Austin.
O ministro também expressou gratidão ao governo Biden "por apoiar Israel na oposição" à decisão do Tribunal Penal Internacional de investigar supostos crimes de guerra israelenses em territórios palestinos, observando que o Estado judeu "nunca negligenciaria a obrigação moral de defender vidas humanas e continuar humanista". Além disso, Gantz agradeceu a Austin por iniciar sua turnê na região passando por Israel.
A comissão conjunta sobre o acordo nuclear com o Irã retomou as reuniões presenciais no início da semana. Após a primeira reunião na terça-feira (6), dois grupos de trabalho de especialistas foram formados para lidar com negociações sobre o fim das sanções dos EUA contra o Irã e com questões nucleares. Os grupos foram encarregados de elaborar etapas específicas que ajudariam Teerã e Washington a retomar o acordo de 2015.