No domingo (11), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos estão preocupados com as ações agressivas da China em relação a Taiwan e avisou que seria um "erro grave" para qualquer um tentar mudar o status quo no Pacífico Ocidental pela força, segundo a agência Reuters.
"O que vimos, e o que realmente nos preocupa, são as ações cada vez mais agressivas do governo chinês dirigidas a Taiwan, aumentando as tensões no estreito [de Taiwan]", disse Blinken em entrevista para a NBC.
Questionado se os Estados Unidos responderiam militarmente a uma ação chinesa em Taipé, Blinken se recusou a comentar um cenário hipotético.
"Tudo o que posso dizer é que temos um sério compromisso para que Taiwan seja capaz de se defender. Temos um compromisso com a paz e a segurança no Pacífico Ocidental", comentou o secretário de Estados dos EUA.
"Estamos por trás desses compromissos. E nesse contexto, seria um erro grave para qualquer um tentar mudar esse status quo pela força", declarou Blinken.
Vírus 'saiu do controle' por falha da China
Além disso, o secretário de Estado afirmou que a falha chinesa em fornecer acesso a especialistas globais em saúde fez a pandemia da COVID-19 ser pior do que deveria, e que é importante "chegar ao fundo" da origem do novo coronavírus.
Segundo o secretário, "a China não deu acesso a especialistas internacionais e não compartilhou informações em tempo real para garantir a transparência verdadeira". Como resultado, o vírus "saiu do controle mais rápido e com resultados muito mais notórios do que poderia ser caso contrário", disse Blinken.
Ele também destacou a necessidade de haver um sistema global de segurança sanitária mais forte para garantir que uma pandemia como a da COVID-19 não aconteça de novo. As reformas para esse sistema devem incluir transparência, compartilhamento de informações, acesso a especialistas e "a China deve participar disso", disse o secretário.
Blinken também afirmou que é importante realizar um relatório mais confiável de como a pandemia começou.
"Precisamos fazer isso precisamente para entender por completo o que aconteceu, e assim, impedir que isso aconteça novamente. Por isso, precisamos chegar ao fundo disso", declarou Blinken.
Quando o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi publicado em março, os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e os países ocidentais apelaram à China para dar "acesso total" a especialistas independentes a todos os dados sobre o começo do surto do novo coronavírus no final de 2019.