A estimativa é de um estudo preliminar conduzido por cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no Brasil, e das universidades de Harvard, Princeton e da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos.
A pesquisa está publicada em formato pré-print e ainda passará pela análise de outros cientistas. O trabalho teve o objetivo de medir o impacto das mortes por COVID-19 na demografia brasileira.
Desde 1945, a longevidade da população brasileira tinha crescimento constante, subindo, em média, cinco meses por ano.
Em 2020, o país registrou 195.441 mortes por COVID-19, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa com base em dados das secretarias estaduais de Saúde.
"Nossa estimativa ainda foi extremamente conservadora. O nosso cálculo para este estudo considerou apenas os óbitos por COVID-19, mas o excesso de mortalidade observado no Brasil é muito maior do que só os óbitos pela doença", disse a demógrafa Marcia Castro, chefe do departamento de Saúde Global e População da Universidade de Harvard, conforme publicado pela revista Piauí.
De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Brasil teve 275 mil mortes acima do esperado em 2020. São 80 mil a mais que as causadas pela pandemia.