Cristina Kirchner e outros réus no caso foram acusados de cometer fraude por meio de contratos de compra de divisas no final de seu mandato presidencial em 2015.
A Câmara de Cassação decidiu por unanimidade a inexistência do crime e, portanto, entendeu desnecessária a realização de um julgamento oral contra Kirchner e outros ex-funcionários de seu governo, escreve o jornal Clarín.
Em sua defesa à Justiça, em março, Kirchner afirmou que o caso "foi manipulado" pelo clamor eleitoral e falou em perseguição política e lawfare.
A denúncia dos promotores alegava uma suposta fraude nos contratos de compra de dólares, instrumento jurídico de política monetária, e que fez com que o Banco Central perdesse cerca de 55 bilhões de pesos (cerca de R$ 3 bilhões na cotação atual).
A Justiça considerou que não houve irregularidades ou prejuízos ao Banco Central na operação, após análise de perícia contábil realizada por especialistas do Supremo Tribunal Federal em 2020.
Além de Kirchner, outras onze pessoas foram acusadas, entre elas o ex-ministro da Economia e atual governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, e o ex-presidente do Banco Central, Alejandro Vanolli.