A declaração de Chapman foi feita no último domingo (11) durante uma reunião virtual privada com políticos, economistas, diplomatas e empresários brasileiros. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo com base em depoimentos de pessoas presentes no encontro.
"As relações entre nossos países dependerão muito dessa postura ambiental do Brasil", afirmou o embaixador.
Todd Chapman disse que há uma percepção que o desmatamento ilegal na Amazônia cresceu e que não é decorrente de "um problema de comunicação", como justificam integrantes do governo federal brasileiro.
EUA querem ações do Brasil contra desmatamento e sanções estão na mesa, diz pesquisadorahttps://t.co/FdwsxYiqdo
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) March 31, 2021
O encontro foi promovido pelo Grupo Parlatório e participantes disseram ao jornal que o embaixador foi firme e comentou que o meio ambiente vai nortear as relações entre o Brasil e os EUA, e que acordos comerciais entre os dois países e a entrada do Brasil na OCDE, por exemplo, vão depender da resposta que o governo Bolsonaro vai apresentar na cúpula marcada para os dias 22 e 23 de abril.
O embaixador norte-americano disse que o Brasil vai "se tornar herói" se fizer uma "declaração contundente" na Cúpula de Líderes sobre o Clima e retomar seu papel de protagonista no debate sobre meio ambiente.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) da semana passada mostraram que o desmatamento mensal na Amazônia voltou a crescer em março e bateu o recorde para o período desde o começo da série histórica.