Com a determinação do governo dinamarquês, o país se tornou o primeiro da Europa a abandonar o uso do imunizante da AstraZeneca. É válido ressaltar que o governo enfatizou que poderia voltar a "usar o imunizante em outro momento", a depender de novos estudos.
Segundo as autoridades dinamarquesas, 2,4 milhões de doses serão retiradas das unidades de saúde. O uso dos imunizantes da Pfizer e Moderna será mantido, escreve a Reuters.
A mudança ocorre uma semana após a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmar ter encontrado uma possível ligação entre vacina da AstraZeneca e relatos de coágulos sanguíneos.
Apesar disso, o órgão ressaltou que os casos são muito raros e considera que o balanço entre riscos e benefícios da vacina contra a COVID-19 permanece "positivo".
Após o comunicado, países como Austrália, Itália, Espanha, Bélgica e Filipinas, recomendaram o uso da AstraZeneca apenas para idosos. Outros suspenderam a vacinação com o imunizante, até que mais informações estejam disponíveis.
Os resultados das investigações sobre os coágulos sanguíneos associados ao AstraZeneca "mostraram efeitos colaterais reais e sérios", disse o chefe da agência de saúde dinamarquesa, Soren Brostrom. Em seguida, ele concluiu: "Portanto, optamos por continuar o programa de vacinação para todos os grupos sem esta vacina".