Segundo a Reuters, o Departamento das Relações Exteriores das Filipinas anunciou que dois protestos foram enviados, dias após Manila convocar o embaixador chinês Huang Xilian a fim de pressionar a retirada de seus navios no disputado recife de Whitsun no mar do Sul da China e outras zonas marítimas das Filipinas.
No mês passado, as Filipinas descreveram a presença de mais de 200 barcos, alegadamente tripulados por milícias, dentro de sua zona econômica exclusiva de 200 milhas como "ameaçadora", enquanto os Estados Unidos, Japão e outros países manifestaram sua preocupação com as intenções da China, o que provocou repreensões por parte de Pequim.
O chanceler filipino tweetou, por sua vez, que os chineses "estão pescando tudo na água que nos pertence por lei".
Well, short-lived good news. The really bad news is NOT that they’re swarming as a prelude to legal possession—legally impossible; they really are fishing—everything in the water that belongs by law to us: fish, clams, and in such big quantities as to wipe out sustainability. https://t.co/g9Hp8SxMFp
— Teddy Locsin Jr. (@teddyboylocsin) April 13, 2021
Bem, boas notícias de curta duração. A notícia realmente ruim não é que eles estão fervilhando como um prelúdio para a posse legal – legalmente impossível; eles realmente estão pescando – tudo na água que nos pertence por lei: peixes, mariscos, e em quantidades tão grandes que acabam com a sustentabilidade.
Boa notícia. Rara nestes dias, eu sei.
Na segunda-feira (12), uma força-tarefa do governo filipino disse que as embarcações, de cerca de 60 metros de comprimento, podem pescar uma tonelada de peixe por dia. O órgão informou que havia 240 barcos em várias áreas das águas das Filipinas no domingo (11), incluindo nove no recife de Whitsun.
De acordo com o comunicado emitido pela força-tarefa, citado pela agência, sua presença "coloca uma ameaça à segurança da navegação, à segurança da vida no mar e viola o direito exclusivo dos filipinos de se beneficiarem da riqueza marinha na zona econômica exclusiva".
A embaixada da China em Manila e o Ministério das Relações Exteriores em Pequim ainda não responderam aos pedidos para comentarem a situação.
Os diplomatas chineses anunciaram anteriormente que o recife de Whitsun era parte de seus territórios tradicionais de pesca e que as embarcações se abrigaram do mar agitado e não tinham milícias a bordo.