"O Emirado Islâmico do Afeganistão [o Talibã, grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países] busca a retirada de todas as forças estrangeiras de nossa pátria na data especificada no Acordo de Doha. Se o acordo for cumprido, um caminho para resolver as questões restantes também será encontrado", escreveu o porta-voz em uma rede social.
O movimento Talibã também alertou que "os problemas certamente se agravarão" se o acordo for violado e as tropas estrangeiras não deixarem o Afeganistão na data combinada.
Na terça-feira (13), o governo dos EUA anunciou que o país completaria a retirada das tropas até 11 de setembro deste ano. De acordo com uma fonte, que falou com jornalistas em caráter de anonimato, essa retirada será realizada sem condições prévias.
O Reino Unido, que conta com cerca de 750 soldados no Afeganistão, também retirará seu contingente militar do país após os EUA terem anunciado a remoção de seus soldados.
Militares do Reino Unido passariam a enfrentar dificuldades sem o apoio dos EUA no Afeganistão por dependerem de bases e infraestruturas norte-americanas, diz mídiahttps://t.co/Z9Uwy4HTqC
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 14, 2021
O ex-presidente americano, Donald Trump, chegou a um acordo com o Talibã, no início do ano passado, no qual prometeu uma retirada de tropas em maio de 2021, em troca da promessa dos insurgentes de não apoiar a Al-Qaeda (grupo terrorista proibido nos EUA, na Rússia e em diversos outros países) ou outras organizações extremistas.