O diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, afirmou em entrevista à NHK que o governo japonês tinha solicitado formalmente a cooperação da agência em relação ao plano de despejo da água contaminada.
Grossi disse que a AIEA tem se preparando para a decisão do Japão durante meses, e revelou que uma equipe internacional pode ser enviada para ajudar a dissipar as preocupações, verificando se o processo de liberação da água tratada é seguro.
"Podemos ter conselheiros que podem vir de diversas áreas, países diferentes, competências diferentes. Qualquer preocupação séria tem a chance de ser discutida e analisada tecnicamente", disse Grossi.
As preocupações expressas por residentes locais e por países vizinhos, como a Coreia do Sul e a China, não podem ser ignoradas, declarou Grossi, acrescentando que a agência considerará incluir especialistas desses mesmos países, como a Coreia do Sul, em sua equipe.
"Todas estas preocupações, podemos concordar ou discordar, mas devem ser levadas a sério. Temos uma responsabilidade comum", adicionou o diretor-geral da AIEA.
Na terça-feira (13), o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, anunciou que o país despejará no oceano a água tratada procedente da usina nuclear de Fukushima. Aproximadamente 1,25 milhão de toneladas de água contaminada está armazenada em mais de mil cisternas próximas da usina nuclear de Fukushima.
Segundo o primeiro-ministro japonês, o plano de liberação da água é desenvolvido conforme os padrões de segurança para prevenir possíveis danos. Por sua vez, Seul e Pequim expressaram suas preocupações sobre o plano do governo do Japão.