Bolsonaro também aproveitou o documento para pedir a ajuda dos EUA no combate ao desmatamento no Brasil. As informações foram publicadas pelo portal G1 nesta quinta-feira (15).
"Queremos reafirmar nesse ato, em inequívoco apoio aos esforços empreendidos por vossa excelência, o nosso compromisso em eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030", escreveu Bolsonaro.
O presidente brasileiro ainda disse que, para zerar o desmatamento ilegal nos próximos nove anos, serão necessários "recursos vultosos e políticas públicas abrangentes".
"Alcançar essa meta, entretanto, exigirá recursos vultosos e políticas públicas abrangentes, cuja magnitude obriga-nos a querer contar com todo apoio possível, tanto da comunidade internacional, quanto de governos, do setor privado, da sociedade civil e de todos os que comungam desse nobre objetivo. Neste âmbito, naturalmente que o apoio do governo dos Estados Unidos, do setor privado e da sociedade civil americana serão muito bem-vindos", destacou.
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— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 15, 2021
Bolsonaro também apresentou números sobre a preservação ambiental no país, a produção de energia e a agricultura. Segundo o presidente, os "resultados históricos falam por si".
"Nas grandes conferências das Nações Unidas sobre estes temas, o Brasil foi um dos promotores do conceito do desenvolvimento sustentável. Assim, asseguro meu engajamento na busca de compromissos e resultados ambiciosos na cúpula de 22 de abril", completou.
A declaração de Bolsonaro ocorre na mesma semana em que o embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, disse que a Cúpula de Líderes sobre o Clima é a última chance do Brasil mostrar que se preocupa com o desmatamento na Amazônia.
Todd Chapman disse que há uma percepção que o desmatamento ilegal na Amazônia cresceu e que não é decorrente de "um problema de comunicação", como justificam integrantes do governo federal brasileiro.
O embaixador foi firme e comentou que o meio ambiente vai nortear as relações entre o Brasil e os EUA, e que acordos comerciais entre os dois países e a entrada do Brasil na OCDE, por exemplo, vão depender da resposta que o governo Bolsonaro vai apresentar na cúpula marcada para os dias 22 e 23 de abril.