Chauvin informou ao tribunal que não testemunharia, dizendo que invocaria seu direito conforme a Quinta Emenda da Constituição dos EUA de não tomar posição, segundo noticiou a AP.
"Está é sua decisão, de não testemunhar?", perguntou o juiz Peter Cahill. "É, meritíssimo", disse Chauvin.
Esperava-se que algum testemunho de refutação da acusação ocorresse nesta quinta-feira (15). Os argumentos finais foram marcados para segunda-feira (19), após os quais o júri, racialmente diverso, começará a deliberar no tribunal, que está cercado de arame farpado.
A cidade de Minneapolis está no limite por causa da repetição de protestos e da violência que eclodiram na primavera passada (Hemisfério Norte), após a morte de Floyd.
Vídeos mostram protesto da população de Minnesota, nos EUA, após policiais matarem jovem negro supostamente por motivo banal em operação de trânsito https://t.co/lW8Sk7lZlR
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 12, 2021
A questão de saber se Chauvin testemunharia foi assunto de semanas de especulação.
Os riscos eram altos: o depoimento poderia tê-lo exposto a um interrogatório devastador, com os promotores reproduzindo o vídeo da prisão e forçando Chauvin a explicar, um quadro por vez, por que ele continuava pressionando Floyd.
Mas tomar posição também poderia ter dado ao júri a oportunidade de ver ou ouvir qualquer remorso ou simpatia que ele pudesse sentir. Ele poderia remover a máscara que teve de usar na mesa da defesa, por causa dos cuidados contra a COVID-19.
Chauvin, 45, é acusado de homicídio e homicídio culposo na morte de Floyd, após a prisão deste por suspeita de pagar uma compra com uma nota falsa de US$ 20 em um mercado de bairro. O vídeo de Floyd ofegando por não conseguir respirar, enquanto espectadores gritavam com Chauvin para deixá-lo ir, gerou protestos em todo o mundo, violência e um exame furioso sobre racismo e policiamento nos EUA.