O presidente norte-americano, Joe Biden, emitirá ordem executiva para aumento das restrições das operações comerciais de bancos norte-americanos com dívida pública russa depois de 14 de junho, de acordo com o jornal Wall Street Journal, citando fontes.
"Esta ordem proíbe instituições financeiras dos EUA de comprar novos títulos diretamente do Banco Central, do Ministério das Finanças e do enorme Fundo Nacional de Riqueza da Rússia depois de 14 de junho", escreveu o jornal.
"No entanto, um dos fatores atenuantes é que as instituições dos EUA mesmo assim poderão negociar títulos em mercado secundário, preservando alguns investimentos estrangeiros, que são importantes para a economia russa", conforme a mídia.
Portanto, as sanções impostas em 2019, proibidoras da participação de bancos norte-americanos na oferta pública inicial de dívida externa russa, serão expandidas para os títulos em rublos.
Anteriormente, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Pankin, afirmou à Sputnik que a Rússia já está desenvolvendo medidas "regulamentadas e adequadas" se passos norte-americanos foram tomados contra a dívida pública russa. As novas possíveis sanções dos EUA contra os títulos da Rússia prejudicarão a competitividade das instituições financeiras norte-americanas, previu Pankin.
Na quarta-feira (14), uma fonte do Ministério das Relações Exteriores russo revelou à Sputnik que o embaixador norte-americano, John Sullivan, foi informado que se os EUA impuserem novas sanções, mesmo depois de Biden ter se mostrado disposto a melhorar as relações com a Rússia, Moscou reagirá decisivamente.
A agência Bloomberg, citando fontes, informou que os Estados Unidos pretendem impor sanções contra 12 cidadãos e 20 organizações da Rússia, além de expulsar dez diplomatas russos devido à alegada intervenção nas eleições presidenciais de 2020 e suposto ataque cibernético contra SolarWinds. Biden deverá anunciar as sanções nesta quinta-feira (15), segundo a mídia.