O estudo da Universidade de Oxford, pela primeira vez, levanta a questão dos riscos de coagulação do sangue em vacinas fabricadas nos EUA com base em uma plataforma de mRNA, uma tecnologia nova e não testada anteriormente. O estudo, baseado em dados de mais de 35 milhões de pessoas, foi publicado na última quinta-feira (15).
Oxford University published an important study based on more than 489k mRNA vaccine recipients that shows that the risk of portal vein thrombosis appears to be 30 times higher with mRNA vaccines (Pfizer and Moderna) than with AstraZeneca’s. pic.twitter.com/boxPFjAOO4
— Sputnik V (@sputnikvaccine) April 16, 2021
A Universidade de Oxford publicou um estudo importante com base em mais de 489 mil receptores de vacina de mRNA que mostra que o risco de trombose da veia porta parece ser 30 vezes maior com vacinas de mRNA (Pfizer e Moderna) do que com a da AstraZeneca.
Os desenvolvedores da Sputnik V destacam que o risco de um indivíduo desenvolver trombose venosa cerebral, principal razão pela qual muitos reguladores recomendam a suspensão do uso de vacinas produzidas pela AstraZeneca e pela Johnson & Johnson "parece ser muito semelhante" ao se comparar os casos da vacina da AstraZeneca (cinco em um milhão) com os das vacinas de mRNA da Pfizer e Moderna (quatro em um milhão).
Em meio a uma controvérsia sobre eventos raros de coagulação do sangue durante o uso da vacina, os reguladores dos EUA recomendaram nesta semana a pausa no uso do imunizante contra o novo coronavírus da Johnson & Johnson, enquanto investigam esses casos.
Apesar de semelhanças com as vacinas da AstraZeneca e da Johnson & Johnson, a fabricante chinesa afirma que não encontrou nenhum caso de coágulos sanguíneos após a administração de sua vacina contra o novo coronavírushttps://t.co/5B7MacrU9y
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 15, 2021
Anteriormente, o regulador de medicamentos da Europa, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), disse ter encontrado uma possível ligação entre a vacina da AstraZeneca e casos raros de coágulos sanguíneos em alguns adultos que receberam a injeção. Os anúncios levaram vários países a atrasar ou suspender o uso das vacinas Johnson & Johnson e AstraZeneca. Ambas as vacinas usam plataformas baseadas em vetores adenovirais.
No início de 2021, dados roubados dos servidores da EMA durante um ataque cibernético e divulgados na web mostraram que a Pfizer, fabricante de vacina de mRNA, enfrentou sérios problemas durante a troca entre a produção em laboratório e a de escala real para o mercado de massa.
Esses dados revelaram que a integridade do RNA das amostras de produção em grande escala diminuiu drasticamente, resultando em uma diminuição na segurança. Além disso, a baixa integridade combinada com a alta dosagem significa que o paciente recebe mais RNA truncado, o que não criaria imunidade contra a COVID-19 e causaria um estresse prejudicial extra na imunidade humana.