As explosões em dois armazéns de armas, que deixaram dois mortos, ocorreram em outubro e dezembro de 2014 na localidade tcheca de Vrbetice.
De acordo com o site de notícias tcheco Novinky, citando uma fonte nos serviços de inteligência tchecos, os incidentes visaram impedir o fornecimento de armas do país à Ucrânia.
"De acordo com nossa publicação, a explosão em Vrbetice visou impedir a entrega de munições, que estavam aqui armazenadas, à Ucrânia", escreve a mídia.
O primeiro-ministro da República Tcheca, Andrej Babis, anunciou neste sábado (17) que as autoridades suspeitam os serviços secretos russos de terem estado envolvidos nas explosões dos depósitos de munição em Vrbetice, em 2014.
O chanceler tcheco, Jan Hamacek, declarou que 18 diplomatas russos têm 48 horas para deixar o país, enquanto a polícia tcheca anunciou que dois cidadãos russos, Aleksandr Petrov e Ruslan Boshirov, são procurados. Além disso, Jan Hamacek anunciou que o caso Vrbetice será discutido em uma reunião com chanceleres da União Europeia.
"Comuniquei a nossos embaixadores na UE e OTAN para que eles informem sobre o caso Vrbetice. Na segunda-feira (19), vou falar sobre isso também na sessão dos ministros de Relações Exteriores da UE", escreveu o diplomata no Twitter.
Por sua vez, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentando a medida, disse que a República Tcheca "está bem ciente do que se seguirá".