Mourão, que também é presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, afirmou que o financiamento com recursos externos pode ajudar o Brasil, mas que o país precisa apresentar bons resultados. As informações foram publicadas pelo portal G1.
"A tendência sempre é essa [esperar resultado concreto]. A gente não tem que ser mendigo nisso aí. Vamos colocar a coisa muito clara: temos as nossas responsabilidades. O Brasil é responsável só por 3% das emissões no mundo. Desses 3%, 40% é o desmatamento, ou seja, 1,2% do que se emite no mundo é responsabilidade do desmatamento nosso aqui. Temos que fazer nossa parte dentro do Acordo de Paris", afirmou.
A declaração de Mourão ocorre três dias antes do início da Cúpula dos Líderes sobre o Clima, que deverá reunir 40 chefes de Estado. O evento é uma iniciativa do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente Jair Bolsonaro foi convidado.
Com 'ultimato', EUA usam 'armadilha' para mudar discurso do Brasil sobre o clima, diz especialistahttps://t.co/NsY9z3HJeH
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 15, 2021
Mourão disse que o Fundo Amazônia, que está sem receber recursos externos desde 2019, pode ser reativado caso o Brasil apresente redução de 15% a 20% no desmatamento até julho.
"Se quiserem trazer recursos, o Fundo Amazônia admite todo e qualquer tipo de doação para ele. Ele já está aberto para isso, não é só os países que foram doadores iniciais. Entes privados, ou outros entes públicos, outros países podem aderir [ao fundo]", declarou o vice-presidente.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta a Joe Biden em que pediu ajuda da comunidade internacional e se comprometeu a zerar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030.