Segundo informa o South China Morning Post, o exercício militar teria sido uma resposta ao comunicado conjunto dos EUA e Japão sobre suas posições relativamente a Taiwan – favoráveis à "paz e estabilidade ao longo do estreito de Taiwan" – áreas que, por sua vez, são vistas por Pequim como parte de seu território. Acredita-se que o exercício tenha ocorrido na província chinesa de Qinghai.
O Comando do Teatro de Operações Oriental do Exército de Libertação Popular (ELP) da China, responsável por vigiar o Estreito de Taiwan, acionou dezenas de bombardeiros estratégicos H-6K em exercícios de fogo real por nove horas seguidas, segundo a televisão estatal chinesa, referida na matéria.
Nesses exercícios, os H-6K, que têm uma capacidade máxima de carga de 15 toneladas, também praticaram contramedidas eletrônicas com unidades de mísseis de defesa aérea. Chegando ao local pré-definido no espaço aéreo, libertaram várias bombas de queda livre a partir de diferentes altitudes. Após regressarem à base, as aeronaves voltaram a repetir o exercício durante a noite.
A Televisão Central da China (CCTV, na sigla em inglês) reportou que "o treinamento diurno e noturno de alta intensidade e por longas horas aumentou rapidamente as capacidades de assalto da Força Aérea e melhorou suas capacidades de combate real".
Uma fonte anônima relatou ao South China Morning Post que "o ELP ainda não pretende provocar indevidamente Taiwan, pois os métodos pacíficos ainda são a melhor maneira de resolver o problema de Taiwan."
As tensões entre Taipé e Pequim têm escalado rapidamente, pois a nação insular continua se esforçando para se manter independente do gigante asiático que, por sua vez, não quer que isso aconteça.
Os EUA e aliados na região têm se mostrado ativos em tentar resolver o assunto, demonstrando seu apoio a Taiwan, algo que a China entende como total desrespeito aos seus assuntos internos. Taipé, contudo, pretende tirar partido de sua amizade com Washington, tendo recentemente pedido a obtenção de poderosos mísseis americanos, de modo a estar pronta para se defender da China, se for necessário, bem como ajudar os EUA e seus aliados no Pacífico na contenção chinesa.