Anteriormente, uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da Turquia confirmou à Sputnik que Londres enviou uma notificação a Ancara sobre a passagem de um navio britânico pelo estreito de Bósforo, que dá acesso ao mar Negro, na primeira semana de maio.
"Tudo o que é feito em torno da entrada de navios no mar Negro acontece com um objetivo – pressionar ainda mais nosso país, aparentemente, na esperança de que nós [Rússia] 'entendamos' algo e nos comportemos da maneira que eles esperam, que expressemos mais obediência. Talvez eles pensam que nós nos amedrontamos com alguma coisa, e é esse o objetivo", respondeu fonte russa sobre os planos de Londres.
O interlocutor recordou a Convenção de Montreux, que estabelece o limite de quantidade de navios de países não banhados pelo mar Negro, e o deslocamento simultâneo de embarcações de países terceiros nas águas do mar Negro.
"Nós não contamos agora, pois não é nossa tarefa contar quantos [navios de guerra] estão lá. Mas o aumento da tensão não se aplica apenas ao mar Negro, mas, de modo geral, a todas as nossas relações", afirmou a fonte diplomática.
"Não podemos apoiar isto. Não é a nossa política, não é a nossa escolha", sublinhou.
De acordo com mídia britânica, cuja informação teria sido obtida de altas patentes da Marinha do Reino Unido, um destróier Type 45, armado com mísseis antiaéreos, e uma fragata antissubmarino Type 23 deixarão o grupo do porta-aviões HMS Queen Elizabeth da Marinha Real, que se encontra no Mediterrâneo, e se dirigirão através do estreito de Bósforo para o mar Negro.