"As alterações climáticas também podem criar novos teatros de conflito. Em fevereiro, um navio-tanque russo de transporte de gás navegou pela primeira vez pela rota marítima do Ártico. Até recentemente, essa rota era navegável apenas algumas semanas por ano. Mas, com o aquecimento global do Ártico, [que é o] dobro da média do resto do mundo, este período [de navegação] está ficando mais estendido", disse secretário de Estado dos EUA.
Segundo Blinken, "Rússia está aproveitando-se desta mudança para tentar exercer controle sobre novos espaços. Está modernizando suas bases no Ártico e construindo novas, incluindo uma a apenas 300 milhas [cerca de 483 quilômetros] do Alasca. A China também está aumentando sua presença no Ártico".
Anteriormente, Sergei Shoigu, ministro da Defesa da Rússia, observou que os Estados Unidos estão incrementando a presença de navios de guerra no Ártico.
De acordo com o ministro russo, a situação política e militar nesta zona tem se tornado cada vez mais complicada devido à concorrência entre as principais nações do mundo para garantir acesso a recursos e rotas de transporte.
A fim de reforçar as suas capacidades de defesa e assegurar os seus interesses nacionais, Rússia está desenvolvendo ativamente a Frota do Norte, sublinhou o ministro Shoigu.
O Ministério das Relações Exteriores russo também manifestou preocupação devido ao reforço da presença militar norte-americana no Ártico, observando que Moscou defende que esta região deve continuar sendo uma zona de cooperação pacífica.
Nos últimos meses, a Rússia tem enviado aviação e outros equipamentos militares para a região em disputa, e o mesmo têm feito os EUA.