Em artigo publicado na revista Science, a equipe descreveu seu trabalho envolvendo o estudo da variante em questão.
A cepa brasileira, também conhecida como P.1 SARS-CoV-2, foi vista pela primeira vez em Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas. Esta se estendeu rapidamente pelo Brasil, tendo até hoje sido registrada em, pelo menos, outros 37 países, informa o Medical Express.
Através de uma análise molecular, os cientistas determinaram que o vírus teria sofrido 17 mutações não identificadas, sendo três delas presentes nas proteínas de pico do vírus – N501Y, E484K e K417T – particularmente preocupantes, pois parecem se conectar mais intensamente com as células humanas. De igual modo, também foi descoberto que a variante brasileira poderia se evadir de uma resposta imune a outras variantes do vírus.
© AP Photo / Eraldo PeresEnfermeira segurando balões em homenagem às vítimas da COVID-19 no Brasil, Brasília, 7 de abril de 2021
Enfermeira segurando balões em homenagem às vítimas da COVID-19 no Brasil, Brasília, 7 de abril de 2021
© AP Photo / Eraldo Peres
Em vários outros estudos e simulações do coronavírus, os pesquisadores determinaram que a P.1 seria 1,7 a 2,4 vezes mais transmissível que outras estirpes da COVID-19.
Até agora, no entanto, a equipe ainda não conseguiu determinar as razões por detrás do aumento desta variante, nem se a mesma faz com as pessoas infectadas fiquem mais doentes ou se, até mesmo, correm maior risco de vida, aponta a mídia.
Assim, os cientistas ainda têm muito trabalho pela frente para determinar se a cepa brasileira pode infectar pessoas já infectadas por outras cepas, ou já vacinadas contra a COVID-19.