A porta-voz do ministério, Hua Chunying, afirmou em comunicado que Xi fará um "importante discurso" por vídeo durante a conferência.
#Breaking At the invitation of U.S. President Joe Biden, President Xi Jinping will attend and deliver an important speech at the Leaders Summit on Climate in Beijing on April 22 through videolink, Foreign Ministry Spokesperson Hua Chunying announced #LeadersClimateSummit pic.twitter.com/zxaTuaCJLn
— Beijing Review (@BeijingReview) April 21, 2021
Após convite do presidente dos EUA Joe Biden, o presidente Xi Jinping participará e fará um importante discurso na Cúpula de Líderes sobre o Clima em Pequim, no dia 22 de abril, através de vídeoconferência, anunciou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Hua Chunying.
Biden convidou 40 líderes de todo o mundo, entre eles Xi Jinping e os presidentes de Rússia, Vladimir Putin, e Brasil, Jair Bolsonaro, para o encontro de dois dias marcado para ter início no Dia da Terra.
O evento marca o retorno de Washington à linha de frente do combate às mudanças climáticas, depois que o ex-presidente Donald Trump desvinculou os EUA desse processo, com a retirada do país do Acordo de Paris.
"No momento, estamos ficando para trás. A China é o maior produtor e exportador de painéis solares, turbinas eólicas, baterias e veículos elétricos. Detém quase um terço das patentes mundiais de energia renovável", disse o secretário de Estado dos EUA https://t.co/OZSvGMIGFY
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 20, 2021
O anúncio da participação do presidente chinês na cúpula convocada por Biden acontece dias depois que os enviados climáticos dos dois países - John Kerry e Xie Zhenhua - se encontraram em Xangai e se comprometeram a cooperar na questão urgente das mudanças climáticas, com ações concretas para reduzir as emissões.
Esta foi a primeira viagem de um integrante do primeiro escalão dos EUA à China no mandato de Joe Biden.
Recentemente, as relações entre Washington e Pequim têm sido marcadas por conflitos. Os EUA acusam a China de violações dos direitos humanos e de usar o seu poderio econômico para influenciar outros países, enquanto os chineses afirmam que os EUA não respeitam o direito internacional e as normas das relações internacionais, interferindo nos assuntos internos de outros países.
No entanto, os dois países, que são os maiores emissores do gases do efeito estufa do mundo, tiveram alguns pontos de interseção na reunião em Anchorage, entre eles as questões climáticas. Nenhuma solução global sobre as mudanças climáticas vai prosperar sem que EUA e China estejam sentados à mesa, já que os dois são responsáveis por quase metade das emissões de todo o mundo.