O Departamento de Estado dos EUA vê a Rússia no contexto da situação da fronteira russo-ucraniana como "agressora", e afirma não ter qualquer indicação de que Kiev tenha tomado medidas para provocar tensões, afirmou na terça-feira (20) Edward Price, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
"Deixe-me ser claro: a Rússia é a agressora nesta situação. Não vimos qualquer indicação de que a Ucrânia esteja se engajando em provocações ou escalando [...] tensões. O que temos visto é uma campanha de desinformação russa destinada a acusar falsamente a Ucrânia de ações realmente cometidas pelo próprio Kremlin", declarou o diplomata em briefing.
Ele confirmou que Washington está "preocupado com as contínuas ações agressivas da Rússia contra a Ucrânia".
"[...] O governo dos EUA está do lado da Ucrânia."
Os países ocidentais têm expressado recentemente preocupação com as "ações agressivas" alegadamente intensificadas pela Rússia na Ucrânia. Washington disse que as tropas russas estão se movendo na Crimeia e perto da fronteira leste da Ucrânia.
Pyotr Ilyichev, diretor do Departamento de Organizações Internacionais do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, por sua vez, exorta a se abster de ações que elevem as tensões no leste da Ucrânia, devido a Kiev e membros da OTAN, que "não param a campanha de propaganda russófoba, e não param os preparativos militares e que, em última análise, "só levam à escalada das tensões em Donbass".
Ele também observou que a Rússia é a favor da resolução deste conflito "exclusivamente por meios políticos e diplomáticos pacíficos, sem alternativa, do pacote de medidas de Minsk".
Dmitry Peskov, porta-voz do presidente da Rússia, relatou que a Rússia estava movendo tropas dentro de seu território, e por seu próprio critério. Segundo ele, esses passos não ameaçam ninguém e não devem ser de interesse de ninguém.
Moscou referiu repetidamente que não é parte do conflito interno ucraniano, e que está interessada na superação da crise política e econômica de Kiev.