O esforço de Washington é denominado de "camada espacial tática" e é liderado pelo Comando de Futuros do Exército dos EUA (AFC, na sigla em inglês), cujo objetivo é modernizar as forças terrestres do país, escreve portal Space News.
Em um comunicado de imprensa desta segunda-feira (19), o AFC declarou que foi dada a aprovação para "experimentação rápida e esforços de prototipagem para sensores táticos de baseamento espacial com equipamentos terrestres de suporte".
Uma das capacidades desejadas para a camada espacial tática é o posicionamento, a navegação e contagem de tempo, um serviço que é fornecido pelos satélites do sistema de posicionamento global dos EUA, mais conhecido pela sigla GPS.
No entanto, o Exército teme que em um possível conflito os adversários possam bloquear o GPS e quer ter recursos de apoio alternativos. Além do mais, o serviço militar estadunidense também precisa de satélites para vigilância e reconhecimento.
"A camada espacial tática fornecerá sensoriamento de área mais profunda, seleção de alvos rápida e uma incomparável conscientização situacional no campo de batalha. O reforço da camada espacial tática permitirá melhorar a realização de disparos de precisão de longo alcance e manobras terrestres em ambientes com limitações [de funcionamento] de GPS", disse o tenente-coronel Travis Tallman, diretor do esforço de assinatura espacial tática do AFC.
O uso de satélites é parte de um projeto mais amplo do Comando de Futuros do Exército dos EUA para conectar as forças terrestres com aquelas que operam nos domínios aéreo, marítimo e espacial.
Vale ressaltar que o sistema de guerra eletrônica russo Pole-21 é capaz de suprimir os sinais dos sistemas de navegação via satélite GPS, de origem norte-americana, do europeu Galileo e do chinês BeiDou.