Nesta quarta-feira (21), a União Europeia chegou a um acordo climático provisório com o objetivo de tornar o bloco neutro para o clima até 2050, com os Estados-membros e o Parlamento concordando com novas metas de emissões de carbono, segundo a AP News.
"Nosso compromisso político de nos tornarmos o primeiro continente neutro para o clima até 2050 também é um compromisso legal. A lei climática coloca a UE em um caminho verde por uma geração", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen citada pela mídia.
A UE também se comprometerá com uma meta intermediária de redução das emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 55% até 2030. Inicialmente, a meta era de 40%, mas sob a pressão de evidências crescentes das mudanças climáticas e de um eleitorado mais ambientalmente consciente, foi aumentada, embora o legislador da UE desejasse uma meta maior de 60%.
"Já era tempo, já que a Europa tem de mostrar onde está, tendo em vista os desenvolvimentos positivos nos EUA e na China", disse o membro do Parlamento europeu, Peter Liese.
O acordo acontece na véspera da Cúpula do Clima, organizada pelo presidente norte-americano, Joe Biden, nesta quinta-feira (22). A UE diz que pode estar abrindo caminho para os EUA com sua decisão, e interpreta Washington como um "irmão mais novo" da Europa.
"Os EUA não são nossos irmãos mais velhos no que diz respeito ao clima. Somos o irmão ou a irmã mais velha. Então, eles serão realmente encorajados por isso, serão pressionados. Eles precisarão entregar quando virem o que realizamos", disse a eurodeputada Jytte Guteland.
Tanto Washington quanto Bruxelas pretendem se tornar "neutros em carbono" até a metade do século, uma meta que os cientistas defendem para ser alcançada a fim de evitar que as temperaturas globais médias subam acima de 2 graus Celsius até o ano 2100.