As informações, escreve a Reuters, foram confirmadas nesta quinta-feira (22) por Ricardo Zuniga, enviado especial dos EUA para Guatemala, Honduras e El Salvador.
Ele também disse aos repórteres que o governo dos EUA tem autoridade do Congresso para elaborar listas de autoridades centro-americanas envolvidas em corrupção, assim como revogar seus vistos de viagem e impor sanções financeiras a seus países.
Ricardo Zuniga disse que as ações podem incluir a revogação dos vistos dos EUA de pessoas suspeitas de corrupção e que os departamentos de Justiça e do Tesouro também podem "designar" os infratores.
Essas sanções geralmente envolvem o congelamento de ativos e a proibição para os norte-americanos de fazer negócios com eles.
O enviado ainda explicou que a corrupção é "uma das causas básicas do fluxo de migrantes, junto com a pobreza e a violência das gangues". Os EUA afirmam que um pacote de ajuda de US$ 4 bilhões (R$ 21,7 bilhões) está sendo montado para "ajudar" a região.
"É importante para os Estados Unidos mostrar que estamos do lado daqueles que são vítimas de corrupção", disse Zuniga.
A ideia de Biden é também uma resposta à crise na fronteira entre Estados Unidos e México. A imprensa norte-americana descreve uma situação que chegou ao seu pior nível nas últimas duas décadas.
Zuniga ainda observou que os Estados Unidos estão decepcionados com o colapso dos órgãos anticorrupção na Guatemala e em Honduras, que ele chamou de reveses nos esforços de combate à "impunidade".