A declaração foi dada pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, com base em estudos que indicam a efetividade da vacina "no mundo real", quando a eficácia dos testes clínicos é posta à prova. As informações foram publicadas pela Agência Brasil.
"Até o momento, as informações são de tranquilidade. Os dados são de que temos, sim, uma variante de preocupação, que tem, sim, uma capacidade maior de transmissibilidade. A gente está vendo um momento da pandemia muito difícil em boa parte do Brasil, mas a boa notícia é que, apesar de todas essas características, a vacina, nesse momento e para essa variante, tem a condição de ser utilizada como uma ferramenta de controle", disse.
Segundo Krieger, os estudos apontam que as vacinas de segunda geração têm demonstrado desempenho maior na defesa chamada de resposta celular, que se dá quando o corpo humano destrói as células que já foram infectadas pelo vírus.
"Estamos vivenciando uma verdadeira revolução no campo das vacinas. Elas foram desenvolvidas de uma maneira muito rápida e estão demonstrando efetividades muito maiores do que as das vacinas tradicionais", afirmou.
São chamadas de vacina de segunda geração tanto as vacinas de RNA mensageiro, como as da Pfizer e da Moderna, quanto as de vetor viral, como a Oxford/AstraZeneca, a Sputnik V e a Janssen.
"Os resultados são ainda melhores. Na verdade, as variantes de preocupação, até esse momento, causam um impacto muito menor nessa resposta celular", disse Krieger. "Isso dá uma confiança maior de que essa vacina terá condição de manter, frente à variante brasileira, esses dados de efetividade".