Pedro Castillo está com quase o dobro do nível de apoio de sua oponente conservadora, Keiko Fujimori, escreve a Reuters.
Castillo, que prometeu redigir uma nova constituição para dar ao Estado mais controle sobre a economia, obteve 41,5% de apoio na pesquisa do Instituto de Estudos do Peru (IEP).
Fujimori, filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori, teve 21,5%. Esta foi a maior diferença nas pesquisas que antecedem o segundo turno, marcado para 6 de junho.
A eleição será um divisor de águas para o Peru, o segundo maior produtor de cobre do mundo, onde o surgimento de Castillo, um professor que conquistou apoio nas regiões mais pobres do país após uma greve em 2017, abalou os mercados.
No primeiro turno, o sindicalista não liderava as pesquisas, e tampouco era um dos grandes cotados para ser o próximo presidente do Peru.

Porém, após prometer nacionalizar o gás advindo do projeto Camisea, o mais importante do país, e afirmar que aumentará os investimentos em educação em até 10%, seu nome disparou nas pesquisas.
A economia do Peru, que cresceu por anos a uma das taxas mais altas da América Latina, afundou 11,12% no ano passado devido ao surto da pandemia do coronavírus, que agora está aumentando novamente e sobrecarregando os serviços de saúde do país.
A pesquisa IEP, feita por telefone com 1.367 pessoas entre 17 e 21 de abril, também mostrou que 21,2% das pessoas disseram que anulariam sua cédula ou votariam "em branco", enquanto 15,7% permaneceram indecisos.