Alemanha critica restrições da Rússia no mar Negro: 'Inéditas e problemáticas'

© AP Photo / Assessoria de Imprensa do Ministério da Defesa da Rússia via APImagem extraída de um vídeo, divulgado no dia 22 de abril de 2021 pela assessoria de imprensa do Ministério da Defesa da Rússia, mostra navios da Marinha da Rússia no Mar Negro
Imagem extraída de um vídeo, divulgado no dia 22 de abril de 2021 pela assessoria de imprensa do Ministério da Defesa da Rússia, mostra navios da Marinha da Rússia no Mar Negro - Sputnik Brasil, 1920, 26.04.2021
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Nesta segunda-feira (26), o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha classificou a decisão da Rússia de fechar parcialmente o acesso ao mar Negro por seis meses como um movimento sem precedentes e que viola o direito internacional.
"Quanto às restrições à passagem dita inocente pelas águas territoriais [do mar Negro] por um período tão longo, são inéditas e problemáticas do ponto de vista do direito internacional. Já que estamos falando de águas territoriais e internacionais da Crimeia, anexada ilegalmente, consideramos que isso é uma violação do direito internacional", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, Christofer Burger, acrescentando que Berlim estava monitorando de perto a situação.

Em 14 de abril, o departamento de navegação e oceanografia do Ministério da Defesa da Rússia divulgou um boletim informando que, de 24 de abril a 31 de outubro, não haverá passagem para navios de guerra estrangeiros e embarcações em três áreas russas do mar Negro.

O documento destaca que as zonas planejadas para fechamento não impedem a navegação pelo estreito de Kerch e que estão localizadas dentro das águas territoriais russas.

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Navios da OTAN no mar Negro

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia apresentou um protesto a Moscou sobre o fechamento, considerando uma violação das normas e princípios do direito internacional e alegando que o país tem direito ao transporte marítimo regular nessas áreas.

Na semana passada, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, enfatizou que, como não houve nenhuma restrição comercial da Rússia com a medida, o país age em conformidade com os acordos internacionais.

Moscou rejeitou as acusações de ocupação irregular de qualquer território e lembrou que a população da Crimeia decidiu pela reintegração à Rússia por meio de um referendo, em 2014, organizado de acordo com a lei e os padrões internacionais.

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