A identificação do novo polvo ocorreu graças ao uso de técnicas de exploração minimamente invasivas, imagens computadorizadas e análise genética de tecidos.
Através da utilização de meios computadorizados e de técnicas minimamente invasivas, um grupo internacional de cientistas descobriu uma nova espécie da família Grimpoteuthis, conhecida como polvo-dumbo, em uma cordilheira submarina situada no norte do oceano Pacífico.
De acordo com os pesquisadores, a identificação do Grimpoteuthis imperator foi possível graças a imagens de ressonância magnética de alto campo e tomografias computadorizadas, juntamente com uma análise genética de tecidos, em vez dos métodos tradicionais de dissecação.
Os resultados do estudo, publicados na revista BMC Biology, mostraram que os espécimes em causa apresentavam diferenças na concha, nas brânquias e na morfologia do aparelho digestivo, além de variações no sistema nervoso e nos órgãos sensoriais relativamente a outros polvos da mesma família, confirmando que se tratava de uma nova espécie.
Os autores do estudo também afirmaram que, ao contrário das técnicas utilizadas tradicionalmente para descrever as espécies, que são baseadas na dissecação, o uso de imagens e análises genéticas "permite realizar descrições taxonômicas de grandes espécimes de forma mais completa", sem causar danos aos exemplares estudados, o que é um grande avanço na preservação dos ecossistemas.
Os polvos com barbatanas que parecem orelhas, também chamados de polvos-dumbo, são considerados organismos pouco comuns e seus registros são raros. Além disso, fazem parte importante da megafauna dos habitats de águas profundas, a sete mil metros de profundidade ou mais.