Em declaração a jornalistas, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta terça-feira (27):
"Os contatos vão continuar. Se faltam alguns dados, eles serão entregues. Não deve haver dúvidas sobre isso."
Ao mesmo tempo, a autoridade ressaltou que a "demanda [de vacinas] é muito grande no mundo e, por isso, todos os que estão envolvidos na [sua] produção estão sobrecarregados, e os que possuem contatos internacionais também trabalham de forma intensa para estabelecer a produção no exterior".
As declarações do Kremlin surgem logo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (Anvisa), decidir ontem (26) não recomentar a importação excepcional e temporária do imunizante russo. O órgão afirmou haver falta de dados sobre a vacina, em especial sobre o risco de doenças por falha na fabricação.
Anteriormente, na página oficinal da vacina Sputnik V no Twitter, foi feita uma publicação que diz que o comportamento da agência brasileira tem um caráter político.
Os atrasos da Anvisa na aprovação do Sputnik V são, infelizmente, de natureza política e não têm nada a ver com acesso à informação ou ciência.
— Sputnik V (@sputnikvaccine) April 27, 2021
A vacina já foi aprovada em 60 países de diferentes continentes, com uma população de três bilhões de pessoas. O imunizante é o segundo com maior número de aprovações no mundo.
Dados da inoculação de 3,8 milhões de pessoas na Rússia mostram que a eficácia da Sputnik V é de 97,6%.