Juntamente com o presidente vietnamita, Nguyen Xuan Phuc, o secretário do partido se reuniu com Wei Fenghe, conselheiro de Estado e ministro da Defesa Nacional da China, em Hanói, na segunda-feira (26), reporta o Global Times.
O presidente do Vietnã afirmou que seu país respeita o princípio de "Uma só China", opondo-se à intervenção de forças estrangeiras nos assuntos internos do gigante asiático.
Segundo a mídia, a demonstração de amizade entre Hanói e Pequim envia um sinal para os EUA e seus aliados ocidentais de que não terão sucesso em dividir a região sob pretexto de proteção da soberania dos países asiáticos aliados, e que o Vietnã, por sua parte, também não cairá em tal retórica.
No que toca à questão do mar do Sul da China, no qual ambos os países disputam vários territórios, o líder do PCV declarou que os dois lados encontrariam uma solução com base na confiança e respeito mútuos, de modo a não afetar negativamente as relações bilaterais das suas nações. Pequim e Hanói devem, deste modo, tomar uma perspectiva de longo prazo para resolverem suas diferenças e planejarem cooperação marítima na região em causa.
Fenghe, por sua vez, afirmou que a China e o Vietnã são uma comunidade com um futuro comum de significado estratégico, com ambos alcançando sucesso econômico, mostrando, deste modo, a força da liderança dos partidos comunistas e do sistema socialista, reporta a mídia chinesa.
O conselheiro chinês acrescentou que os dois Estados asiáticos deveriam implementar medidas, consentidas por ambos os líderes, para melhorarem a comunicação estratégica, desenvolverem confiança política mútua e aprofundarem cooperação militar, no âmbito da criação de uma futura parceria estratégica entre China e Vietnã.
Gu Xiaosong, especialista em estudos sobre o Sudeste Asiático na Academia de Ciências Sociais de Guangxi, contou ao Global Times nesta terça-feira (27) que a China continua a ser o principal parceiro comercial do Vietnã, mesmo considerando o impacto negativo trazido pela COVID-19 em negociações comerciais. A manutenção desse laço até agora poderia, então, ser compreendido como prova de como ambos os Estados valorizam suas relações e se ajudam entre si.