Nos últimos dez anos ocorreram diversas explosões em depósitos militares, fábricas de desativação de explosivos e de produção de armas e munições na Bulgária. Em quatro delas, os investigadores afirmam haver semelhanças, segundo a porta-voz da promotoria, Siika Mileva.
Informações apontam que, em alguns destes depósitos, estavam armazenados armamentos destinados à Geórgia e Ucrânia.
Após expulsão de diplomatas russos da República Tcheca, Eslováquia toma o mesmo passohttps://t.co/bWRYRpKbau
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 22, 2021
De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, estas alegações mostram que a Bulgária está decidida "a superar a República Tcheca".
"Nos últimos dez anos, o lado búlgaro ou não sabia de nada e só agora, depois que a República Tcheca se deu conta subitamente dos acontecimentos de 2014, decidiu superar os tchecos e conduzir uma análise histórica profunda, ou eles todo este tempo sabiam o que estava acontecendo, mas por alguma razão não o tornaram público", afirmou Lavrov.
As autoridades tchecas disseram que os serviços secretos russos orquestraram uma explosão em um depósito de munições em Vrbetica em 2014, tendo há pouco tempo expulsado o pessoal da embaixada russa em Praga. Isto provocou uma resposta da Rússia, que mais tarde resultou em um escândalo diplomático.
Enquanto isso, o presidente tcheco, Milos Zeman, afirmou que a contraespionagem por seis anos não lhe relatou nada sobre as suspeitas contra Moscou. Entre as possíveis razões do incidente, ele indicou a "negligência do pessoal" e o "jogo dos serviços de inteligência estrangeiros".
A tentativa de assassinato de Emilian Gebrev ocorreu em abril de 2015. Segundo o Ministério Público búlgaro, ocorreu uma tentativa de envenenamento com uma substância organofosforada. O empresário fornecia armas para as Forças Armadas ucranianas no auge do conflito em Donbass.