Os novos regulamentos emitidos pelo Ministério da Segurança do Estado entraram em vigor nesta segunda-feira (26), segundo o The Guardian. A proposta é combater a espionagem estrangeira exigindo maior fiscalização por parte de grupos sociais, empresas e entidades públicas chinesas na averiguação de possíveis casos internos da atividade.
Seguindo novas orientações, a segurança estatal trabalhará com outros departamentos do governo para "ajustar" a lista de grupos suscetíveis à espionagem estrangeira e desenvolver medidas para protegê-los, incluindo o Partido Comunista Chinês.
Para o desenvolvimento pleno dos regulamentos, a segurança do Estado fornecerá orientação, supervisão e inspeção de seus esforços, incluindo verificação de pessoal e treinamento estrito, monitoramento e reuniões preparatórias para viagens de funcionários ao exterior, segundo a mídia.
A especialista em segurança nacional e antiterrorismo do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, Li Wei, disse que as principais áreas marcadas para aplicação das novas medidas são "instituições que trabalham na defesa nacional, diplomacia, economia, finanças e tecnologia". E adiciona que chineses são constantemente abordados por terceiros na tentativa de vazarem informações sobre o governo.
"São numerosos os casos de chineses trabalhando em várias indústrias que foram cortejados por dinheiro ou intimidados para se envolverem em atividades de espionagem, e assim, se tornaram peões de agências de inteligência de espionagem estrangeiras", disse Li citada pela mídia.
As novas normas do governo chinês surgem em meio ao aprofundamento das hostilidades entre a China e alguns governos ocidentais. Casos de crimes cibernéticos, espionagem e até mesmo detenção de estrangeiros acusados de crimes de segurança nacional vêm acontecendo com frequência, portanto, com as novas medidas, Pequim teria a intenção de desenvolver uma maior proteção de sua informação interna.