Nesta quarta-feira (28), o ministério anunciou em um comunicado em seu site os nomes de oito soldados, sem providenciar mais detalhes, dois dias depois de reportar duros enfrentamentos com "grupos armados irregulares da Colômbia", que resultaram em "um número significativo" de baixas.
O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, veio a público oferecer as condolências do governo às famílias dos soldados que, segundo ele, "estavam cumprindo o juramento de defender a pátria até o último suspiro".
🔴 || GJ @vladimirpadrino: "Enfrentaremos con toda la fuerza moral y material a estos criminales de la frontera, y NO se equivoquen en Colombia cuando se atrevan a organizar una agresión contra nuestra soberanía. Honor y gloria a nuestros mártires y héroes. ¡Qué viva la #FANB!". pic.twitter.com/u7wkqz7lGB
— Prensa FANB (@PrensaFANB) April 28, 2021
Vladimir Padrino: "Enfrentaremos com toda a força moral e material os criminosos da fronteira, e não se enganem na Colômbia quando se atreverem a organizar uma agressão contra a nossa soberania. Honra e glória aos nossos mártires e heróis. Viva a FANB [Força Armada Nacional Bolivariana]!
As Forças Armadas da Venezuela vêm travando combates com grupos armados na fronteira colombiana, no estado de Apure, no oeste do país, desde 21 de março. Até o momento, a operação resultou em diversas prisões e apreensões de armamentos, explosivos e drogas, segundo o governo venezuelano.
Para Venezuela, trata-se de grupos "terroristas" ou vinculados ao narcotráfico e a paramilitares que contariam com o apoio do presidente colombiano Iván Duque.
No entanto, segundo a agência de notícias France-Presse, algumas fontes de segurança na Colômbia afirmam que esse grupos seriam formados por dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
O Governo da Venezuela declarou como zona de segurança três municípios que fazem fronteira com a Colômbia, no sul do país, onde há 15 dias se travam combates entre as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) e grupos irregulares colombianos https://t.co/xOltkmbu48
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 5, 2021
As FARC assinaram um acordo de paz histórico com Bogotá em 2016, que encerrou quase meio século de conflitos armados entre a guerrilha e o Exército colombiano. Contudo, alguns guerrilheiros se recusaram a participar do processo de paz e seguiram lutando, muitas vezes se misturando com, e também enfrentando, traficantes de drogas e grupos paramilitares em áreas remotas da Colômbia.
Por sua vez, as relações diplomáticas entre Venezuela e Colômbia são praticamente inexistentes desde que Bogotá se uniu aos Estados Unidos e a outros países, como o Brasil, no reconhecimento do opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela em 2019.