Com ajuda do Observatório de Raios X Chanfra da NASA, uma equipe no Canadá observou os vestígios da supernova Cassiopeia A, localizada a cerca de 11 mil anos-luz da Terra. Esta supernova seria uma das mais jovens descobertas até hoje, tendo apenas cerca de 350 anos, informa a agência espacial norte-americana.
Por muito tempo, os pesquisadores procuraram compreender como estrelas massivas – isto é, de dez massas solares ou mais – explodiam quando ficavam sem combustível. Ao colapsarem, essas estrelas liberam elementos pesados no espaço, tal como o titânio.
Algo curioso sobre este elemento pesado é a sua utilização na nossa vida cotidiana. Segundo Toshiki Sato, da Universidade Rikkyo, no Japão, e principal autor do estudo, "os cientistas creem que a maior parte do titânio utilizada na nossa vida cotidiana, como nas áreas de eletrônica e de joelharia, é produzida na explosão de uma estrela massiva". No entanto, só agora foi possível "captar o momento do aparecimento do titânio estável", acrescentou.
Os autores do estudo afirmam ter encontrado provas de que a explosão que originou a supernova Cassiopeia A, provavelmente, teria sido impulsionada por neutrinos, partículas subatômicas de massa baixa. Essas estruturas, ao se separarem do núcleo da explosão, continham titânio e crômio.