O Irã está procurando desenvolver armas de destruição em massa com materiais de origem europeia, disse um relatório de 380 páginas da inteligência do Escritório do Estado da Baviera para a Proteção da Constituição (BayLfV, na sigla em alemão), segundo o The Jerusalem Post.
De acordo com o documento, não só Teerã estaria buscando desenvolver um estoque de armas destrutivas nucleares, mas também outros países como a Coreia do Norte e a Síria.
"Estados relevantes para a proliferação como Irã, Coreia do Norte, Síria e Paquistão estão fazendo esforços para expandir seu arsenal convencional de armas por meio da produção ou modernização constante de armas de destruição em massa", disse o relatório citado pela mídia.
O documento também aponta que para obter conhecimento necessário e os componentes correspondentes, os países citados estariam tentando estabelecer contatos comerciais com empresas em países de alta tecnologia como a Alemanha.
Sobre as armas de destruição em massa, a BayLfV define proliferação como "a disseminação não autorizada de armas atômicas, biológicas e químicas de destruição em massa ou os produtos usados para sua fabricação, bem como os sistemas de porta-armas correspondentes, incluindo o conhecimento necessário".
O Hezbollah também é citado no documento, com o escritório mencionando a existência de 30 membros do grupo terrorista na Baviera e 1.050 membros em toda a Alemanha. As atividades do Hezbollah foram proibidas no país germânico em 2020.
O Irã constantemente nega a intenção de desenvolver armamento nuclear e no momento se encontra entre negociações com os EUA no objetivo de restaurar o acordo nuclear, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), que visa o não desenvolvimento de armas nucleares.