Uma equipe de cientistas descobriu na região arborizada da Mata Atlântica, no Brasil, uma nova espécie de pequenos sapos pingos-de-ouro, que se destacam por suas cores brilhantes que emitem fluorescência sob a luz ultravioleta, segundo estudo publicado na revista Plos One.
Nos últimos anos, os biólogos vêm trabalhando na descrição das diferentes espécies do gênero de anfíbios Brachycephalus, e até agora identificaram 36 grupos.
No entanto, a tarefa tem sido um grande desafio já que estes anfíbios possuem características genéticas e físicas como seu pequeno tamanho, de quase um centímetro de comprimento, e pele laranja brilhante, que expele uma poderosa neurotoxina.
A equipe conseguiu medir e comparar diversos aspectos de 276 rãs no estado de São Paulo, além de estudar seu comportamento e analisar amostras de DNA.
Os pesquisadores descobriram que um grupo de sapos nas montanhas do sul da Mantiqueira eram diferentes de seus vizinhos conhecidos como Brachycephalus ephippium.
Estes anfíbios eram ligeiramente menores, com manchas pretas descoloridas e seu DNA é diferente em aproximadamente 3%, por isso foram classificados como uma nova espécie, a Brachycephalus rotenbergae.
A espécie brilha sob a luz ultravioleta, embora não esteja claro por que possuem esta fluorescência.
"Acredita-se que a fluorescência atua como sinais para potenciais parceiros, para enviar sinais aos machos rivais ou algum outro papel biológico", explica Ivan Nunes, autor principal do estudo.
Além disso, acredita-se que a espécie, devido ao seu tamanho, seja incapaz de escutar a chamada de outros sapos, porém seguem emitindo, relatou o Gizmodo.