O corpo embalsamado, que foi encontrado em uma tumba real do Antigo Egito, tem cerca de 2.000 anos.
A múmia exibida no Museu Nacional de Varsóvia, na Polônia, foi encontrada nos túmulos reais da antiga cidade egípcia de Tebas, atual Luxor, e remonta ao século I a.C.
No início, cientistas pensavam que o corpo era de um sacerdote, no entanto, em 2016, exames tomográficos revelaram que era de uma mulher.
Já as análises radiológicas recentes revelaram que essa mulher faleceu quando tinha entre 20 e 30 anos e estava entre as 26 e 30 semanas de gestação.
The examination of an ancient #Egyptian #mummy in the collection of the National Museum in #Warsaw, Poland has revealed the world's first known case of a pregnant embalmed body.
— Ahmed Alibage (@AAlibage) April 30, 2021
Photo: Warsaw Mummy Project via @AP pic.twitter.com/J5Psr8s8ee
A análise de uma antiga múmia egípcia da coleção do Museu Nacional em Varsóvia, na Polônia, revelou o primeiro caso conhecido no mundo de uma grávida embalsamada.
Fotos: Warsaw Mummy Project via AP.
Julgando pela maneira cuidadosa como o corpo foi embalsamado, os tecidos usados e a presença de vários amuletos indicam que a mulher pertencia a uma classe social alta.
Além do mais, os responsáveis da pesquisa consideram que a descoberta permitirá estudar melhor a gravidez no Antigo Egito, bem como analisar os seus costumes funerários e a importância da gravidez em sua religião.
Wojciech Ejsmond, autor principal do estudo, disse ao tabloide britânico The Sun que "para os egiptólogos, esta é uma descoberta fascinante, porque sabemos pouco sobre a saúde perinatal e infância no Antigo Egito".
Cientistas não foram capazes de explicar por que o feto não foi removido do útero e mumificado separadamente, como no caso de outras crianças nascidas mortas. Contudo, eles sugerem que isso pode ter acontecido porque o feto era pequeno demais, e eles pensaram que ele ainda era uma parte integrante do corpo de sua mãe.