Em entrevista ao jornal The Washington Post, John Raymond afirmou que a China, que anteriormente foi denominada de "ameaça progressiva", e a Rússia desenvolveram "armas que podem perturbar o funcionamento de nossos satélites ou destruir nossos satélites, a partir do solo ou no espaço ou no ciberespaço".
"É algo que tem se materializado aqui ao longo dos últimos poucos anos", comentou o general.
"Nossa visão é que, embora seja um domínio de guerra, nosso objetivo não é iniciar um conflito que comece ou alastre no espaço. Nosso objetivo é impedir que isso aconteça", ressaltou.
O general opinou sobre o recente relatório anual de avaliação de ameaças, publicado em 13 de abril pelo Escritório da Diretora de Inteligência Nacional (ODNI, na sigla em inglês) e que aponta que a "China já implantou mísseis terrestres destinados a destruir satélites em órbita terrestre baixa e lasers terrestres ASAT [armas antissatélite] provavelmente destinados a cegar ou danificar sensores ópticos espaciais sensíveis em satélites em orbita terrestre baixa".
Concordando com o relatório, John Raymond disse que todo o espectro de ameaças varia de "bloqueio reversível de satélites de comunicações e satélites GPS" a lasers que estão sendo ostensivamente utilizados para cegar ou ofuscar os satélites dos EUA.
"Nosso objetivo é deter isso […] todo o peso da Força Conjunta será empregado para ser capaz de impedir que o conflito aconteça", declarou.
Enfatizou-se ainda que o satélite chinês Shijian 17 possui um braço robótico que pode alcançar e agarrar outros satélites.