Em meio a protestos violentos na Colômbia, presidente propõe alterar reforma tributária (VÍDEOS)

© REUTERS / Luisa GonzalezManifestantes perto de uma barricada em chamas durante protesto contra reforma tributária do governo do presidente Iván Duque em Bogotá, Colômbia, 30 de abril de 2021
Manifestantes perto de uma barricada em chamas durante protesto contra reforma tributária do governo do presidente Iván Duque em Bogotá, Colômbia, 30 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 01.05.2021
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A Colômbia tem tido protestos, frequentemente violentos, em resposta a uma proposta de reforma tributária que aumentaria o Imposto sobre Valor Agregado sobre serviços públicos e gasolina.

A Colômbia reforçou as unidades policiais e militares em Cali, a terceira maior cidade do país, em uma tentativa de pôr fim aos distúrbios e ao vandalismo. A mobilização vem em meio a protestos que surgem no âmbito de uma greve nacional, desencadeada principalmente por uma controversa reforma tributária.

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Os mais graves tumultos e vandalismo foram relatados em Cali, capital da província de Valle del Cauca, na Colômbia, com ataques a bancos e escritórios do governo, entre outros incidentes. Cerca de 2.500 soldados adicionais serão destacados para a cidade, além das forças de segurança existentes, comunicou Diego Molano, ministro da Defesa, em uma reunião de informação.

Mais de 200 policiais feridos.

Um país que não defende o ser humano policial perde o direito de pedir ao policial que se sacrifique para defender a comunidade.

Uma coisa é o protesto que é respeitado e outra é o terrorismo que se aproveita dele.

A mídia local relata numerosos atos de saque, queima de edifícios e estradas bloqueadas por manifestantes. O prefeito de Cali, Jorge Iván Ospina, estimou as perdas decorrentes do vandalismo em cerca de 80 bilhões de pesos colombianos (R$ 116,5 milhões).

Os protestos começaram em todo o país, apesar de uma ordem judicial e exigências das autoridades para suspender as marchas por medo de contágio. A Colômbia continua em uma terceira onda de infecções por coronavírus, que mantém o setor da saúde do país sob constante tensão.

Há um incêndio na estação Meléndez do MIO [sistema de trânsito rápido em ônibus], no sul de Cali.

Até a manhã de sexta-feira (30) foram detidas 185 pessoas por atos de vandalismo e outros crimes, entre os quais oito cidadãos estrangeiros e 16 menores. Além disso, a polícia colombiana registrou 209 agentes feridos desde que os protestos começaram na quarta-feira (28), dos quais 71 em Bogotá e 68 em Cali, e ofereceu prêmios de até quase R$ 30.000 para quem ajudar a identificar os perpetradores dos desacatos.

Na rua 14 com 39 Cali, parece que Robledo continua louco com a dignidade.

Os sindicatos convocaram greves nas principais cidades do país para exigir que o governo do presidente Iván Duque retire a reforma que apresentou ao Congresso, no início de abril, em uma tentativa de aumentar a receita tributária. As autoridades nacionais expressaram sua disposição de modificar o projeto de reforma tributária através de debates no órgão legislativo.

A maioria dos partidos políticos, bem como os sindicatos e associações empresariais, rejeitam a proposta.

Propostas do governo

Iván Duque, presidente colombiano, anunciou na sexta-feira (30) que havia instruído o Ministério da Fazenda a redigir um novo texto da reforma tributária em consenso com diferentes setores, a fim de tranquilizar uma grande parte da população.

Não haverá IVA [Imposto sobre o Valor Agregado] sobre serviços públicos, não haverá IVA sobre a gasolina, simplesmente não se alteram as regras do jogo nessa matéria que o país tem hoje, isso deve dar tranquilidade e também tem que dar certeza aos cidadãos de que aí não haverá qualquer tipo de preocupação.

O presidente acrescentou que "quem hoje não paga imposto de renda não o pagará", dizendo que o governo está analisando "iniciativas muito valiosas que foram apresentadas pelos partidos" e outras organizações.

O governo argumenta que a reforma fiscal, que estará sujeita a modificações e deverá entrar em vigor em 2022, é necessária para pagar as dívidas adquiridas para gerenciar a pandemia da COVID-19, reduzir o déficit fiscal e manter o grau de investimento.

Com a iniciativa original, o governo esperava reunir 23,4 trilhões de pesos (R$ 34,09 bilhões), impondo pesados impostos à classe média. No entanto, vários setores políticos e manifestantes estão pedindo que a reforma seja retirada, em vez de ser modificada.

Na sexta-feira (30) continuaram alguns confrontos nas ruas de Bogotá e Cali, a cidade mais afetada pelas manifestações, onde vários ônibus e postos de serviço público foram incendiados e várias lojas foram saqueadas.

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