No início de abril, o Controlador Geral de Medicamentos da Índia (DCGI) emitiu permissão para que a farmacêutica importasse a vacina russa para uso emergencial no país asiático. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores indiano, Arindam Bagchi, comemorou a chegada do lote, dizendo que a Índia agradece o apoio de Moscou.
This is the 1st consignment of 1.5 lakh doses of Sputnik-V vaccine with millions of doses to follow. Plans to 'Make in India' for use in 🇮🇳, 🇷🇺 & 3rd countries. Deeply value support from long-standing friend Russia. Over a decade of 🇮🇳🇷🇺 special & privileged strategic partnership pic.twitter.com/3CDc8yFRK0
— Arindam Bagchi (@MEAIndia) May 1, 2021
Esse é o primeiro lote de 1,5 lakh [150.000] doses da vacina Sputnik V, sendo que ainda virão milhões de doses. Há planos para "Fazer na Índia" para uso na Índia, Rússia e países terceiros. Um apoio de muito valor de nossa amiga de longa data, a Rússia. Mais de uma década de parceria estratégica especial e privilegiada entre Índia e Rússia.
O diplomata indiano ainda ressaltou que a chegada da Sputnik V - a terceira vacina contra a COVID-19 a ser utilizada na Índia - aumentará a capacidade vacinal do país, acelerando a campanha de vacinação. Além do imunizante russo, Nova Deli também administra doses da Covishield, da AstraZeneca/Oxford, e da Covaxin, da indiana Bahrat Biotech.
A Índia foi o 60º país a autorizar o uso da Sputnik V, que já tem autorização concedida em 64 países. A vacina russa foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya (Centro Gamaleya), com sede em Moscou.
Em setembro de 2020, a Dr. Reddy’s Laboratories assinou um acordo com o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo), que promove a Sputnik V, para realizar testes clínicos da vacina na Índia. O RFPI também tem contratos com outros cinco produtores indianos para a fabricação da vacina - Hetero Biopharma, Gland Pharma, Stelis Biopharma, Virchow Biotech e Panacea Biotec.
A Índia vive hoje a pior crise da COVID-19 no mundo, com mais de 400 mil casos e quase 3,6 mil mortes registradas apenas na sexta-feira (30). Conforme os dados da Universidade Johns Hopkins, o país acumula 19.164.969 casos confirmados da doença e 211.853 mortes causadas pelo novo coronavírus.