Blinken deu a declaração durante coletiva de imprensa ao lado do ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, após reunião bilateral.
"Não é nosso propósito tentar conter a China ou mantê-la sob controle, o que estamos tentando fazer é manter a ordem internacional baseada em regras, na qual nossos países investiram tanto ao longo de tantas décadas", disse Blinken.
O representante da diplomacia norte-americana também sinalizou que os EUA pretendem agir diante do que entenderem como ameaças de Pequim em relação à chamada ordem internacional.
"Quando qualquer país - China ou outro - tomar medidas que desafiem, minem ou busquem erodir essa ordem baseada em regras e não cumprir os compromissos que assumiram com essa ordem, nós nos posicionaremos e defenderemos a ordem", acrescentou o secretário de Estado norte-americano.
As relações entre os EUA e a China têm se deteriorado nos últimos anos, conforme Pequim amplia seu desenvolvimento econômico e social. A situação piorou consideravelmente durante o governo do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que pôs em marcha uma política de endurecimento nas relações com a China, aplicando sanções e abrindo negociações comerciais. Ao longo da pandemia da COVID-19, Trump também atribuiu aos chineses uma suposta responsabilidade pela disseminação da doença mundo afora.
O tema das relações sino-americanas continua central na política externa de Washington durante a gestão do atual presidente dos EUA, Joe Biden. Na quarta-feira (28), em seu discurso ao Congresso norte-americano, marcando o 100º dia de sua administração, Biden reafirmou que a China é o maior competidor econômico dos EUA e garantiu que manterá presença militar robusta na região do Indo-Pacífico para "prevenir conflitos".